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Capital Intelectual: Desorientação de marketing



O mercado é altamente competitivo, público-alvo, mercado-alvo, metas, segmentação, produção, objetivos, demanda, oferta, atingir, persuadir... são apenas algumas das linguagens usadas nesse Agón ganancioso que é o ambiente de mercado.

Esta atmosfera hostil forçou as empresas que almeja um melhor desempenho a trabalhar sua orientação de marketing.

Fazer do cliente o foco de sua cultura, o tal marketing holístico! Esse conceito vende bem nas bíblias de marketing, nos teorias transmitidas no datashow da sala da aula. Vende bem porque compramos bem. Bem de bens tangíveis e intangíveis.

A orientação de marketing é dividida em suas melhores competências (vendas, produção, serviços, social, ecológico, etc.) para que o comportamento da empresa venda melhor, pois melhor é mais. Mais é soma. As empresas orientadas ao marketing não constroem apenas produtos, elas constroem clientes.

E você? De qual empresa você foi construído? Qual a marca que tem a sua cara, o seu comportamento? É isso que você é, o que nós somos. Consumidores consumidos.

Apesar de sermos vitimas de uma guerra que não é nossa, mas foi feita para nós. Temos uma arma de construção-em-massa intangível, uma bandeira de paz que nenhum designer ousou a simbolizar em conceitos culturais, pois como dito ela não é conclusa - é construção. Chama-se: conhecimento.

Ao contrario da regra básica da economia, a lei da escassez. Conhecimento não diminui quando se é dividida, pelo contrário, ela se multiplica. Na lógica inversa do mercado, eu fico mais rico de conhecimento quando eu divido o que é meu com o seu, nós dividimos para multiplicar... e no mínimo sairemos com mais 3 valores de conhecimento, o meu, o seu e o que acabamos de construir agora. A oferta não fica mais cara conforme a demanda aumenta, ela é distribuida colaborativamente entre as redes. (Sofismo a parte, sua faculdade apenas vende esse mecanismo e da pior forma possível, no formato do mercado.)

Deixamos de ser passivos consumidores consumidos, para nos tornarmos donos do nosso destino, da nossa marca, da empresa que não precisa mais ser “chamada de sua”, descobrimos que ela sempre foi nossa. O produto “Você” já completou todo o seu ciclo de vida, foi introduzido no mercado, cresceu, alcançou a maturidade e já faliu diversas vezes para voltar ao eterno retorno. Orgulhe-se dos seus conflitos. 

Nossa missão, visão e valores? O que temos são sensações de intensas humanidade, exigimos mais prazer nas coisas, não precisamos nos resumir em uma compra ou um produto... nossa vida não cabe mais em um curriculum vitae de folha A4. Pare de tentar ser um foco, você se alienará sendo uma especialidade. Nossa empresa não precisa de um departamento de RH, você não é um recurso humano, é um sistema vivo e híbrido.

As empresas “chamada deles” estão retraídas em sua estratégia de marketing, cheia de medos, não há código de barra para classificar tal produto, não somos sazonais - somos lantentes! Como nivelar conhecimento? Benefício central, básico, esperado, ampliado ou potencial? Qual o grau de satisfação e como diferencia-lo para consumir?

Desistam, porque quando entenderem que a satisfação aqui é compartilhar conhecimento, compreenderá que respeitar o diferente será se igualar para fortalecer.

Não é lucro que buscamos, temos um propósito, pelo menos enquanto acadêmicos, demasiado humanos. Conhecimento privado, as competências comportamentais mercadológicas que me desculpem, pois eu ainda posso errar, vocês infelizmente não:

“Os consumidores orientados em capital intelectual não constroem apenas conhecimentos, eles reconstroem o mercado, o mundo.”


Marketing é um processo social, qual o share de mercado que sua marca tem em sua própria vida?


@kolapso
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17 outubro 2010

Marketing político




Um tom, uma maneira de conduzir, mais um jeito de enganar. Sim, isso é o marketing político. Todos candidatos estão nas redes sociais, possuem seu poróprio site, tudo isso para expor todos os seus feitos, ou melhor dizendo, seus desfeitos. Estamos no segundo turno e até Deus entrou no meio, é nessa hora que podemos analisar mais uma vez o marketing sujo que nos cerca todos os dias, a diferença é que em vez de sermos persuadidos a comprar produtos, somos persuadidos a acreditar no que os ilustrissímos candidatos nos falam. O palhaço tirirca sendo eleito com mais de um milhão de votos, subcelebridades se candidatando para cargos, que teoricamento, deveriam exigir no mínimo ensino superior, tudo isso só ajuda reforçar como somos conduzidos desde que nascemos. O melhor exemplo de marketing político usado nessas eleições foi do tal palhaço analfabeto funcional ou analfabeto por completo Tiririca, com um slogan que funcionou, conseguiu obter votos até de pessoas mais instruídas ( ou deveria dizer, perdidas), estas dizendo que iriam votar como forma de protesto. Protesto realizado, tiririca líder do rebanho, levou junto outros candidatos do seu partido. É meu amigo, se contente que vivemos vendados boa parte de nossas vidas e que somos apenas um alvo, onde desesperadamente tentamos não ser atingidos em vão. E o marketing, que tinha tudo para ser uma ferramente poderosa na conscientização, apenas procura novos alvos esperando mais um tiro em sua direção.


Postado por: lanla
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14 outubro 2010

Eu sou Marketeiro





   - É, essas pessoas demasiadamente consumistas sem objetivos relevantes na vida também me dão enjôo. Tipo uma mina da minha faculdade que só de olhar pra cara dela você vê que com certeza o que rege sua vida são os artigos da Gloria Kalil.

   - Ahh, tu faz faculdade, que curso?

   - Eu? Bem... Eu faço Publicidade e Marketing.

   - Hum. - Imediatamente a pessoa desvia o olhar e a decepção exala por todos os seus poros - Foi bom conversar contigo, mas eu tenho que ir, até mais.

   Quando você faz esse "tipo" de curso automaticamente seu direito de criticar uma posição consumista acaba. Maaas, se você não liga ser considerado hipócrita, manipulador e safado, pode se expressar à vontade. Bem da verdade, 95% dos publicitários são essencialmente hipócritas, manipuladores e safados, como 95% da população mundial também é.

   É bem provável que neste momento você esteja pensando que eu estou aqui para dizer que faço parte do resquício de altruísmo que preenche os míseros 5%, e estou de mãos dadas com pessoas como Oprah Winfrey e Bono Vox (Sim, aposto que você considera-os extremamente benevolentes! Danger! Olha a hipocrisia aí novamente), então relaxa que a minha hipocrisia ainda não está nesse nível tão elevado.

   A minha real indignação é com um conceito pré-concebido de que todos os publicitários, profissionais de marketing e afins possuem um único objetivo na vida, enriquecer loucamente criando desejos e transformando-os em necessidades. Eu até entendo esses tipos de preconceitos sabe, por exemplo, também acho que os estudantes de biologia são todos maconheiros e encontraram neste curso um apoio acadêmico (e legal, de legalidade) para consolidar sua rotina de mato e marofa, como também acho que qualquer estudante da USP é insuportavelmente inteligente, do tipo que não pode cuspir que já quer fazer uma tese sobre isso.

   Mais do que qualquer outro adjetivo pertinente para descrever o ser humano, preconceituoso talvez seja o mais saliente. Sempre olhamos através de nossas "velhas opiniões formadas sobre tudo" e queremos com isso... Bem, sei lá, na maioria das vezes nem sabemos o que queremos,  talvez só interagir iniciando um diálogo banal. Sabemos de mil coisas das quais nunca sequer conhecemos ou vivenciamos, e falamos sobre essas coisas com tamanha propriedade que elimina qualquer dúvida do ouvinte. Por exemplo (adoro exemplos!), todo mundo sabe que a Holanda é o melhor lugar para se viver, lá é tudo "liberado", tu pode sair peladão com um baseado na mão, pode ser homem e transar com seu melhor amigO na pracinha central, todo mundo sabe disso! Todo mundo sabe que a Dilma é terrorista e assaltante, e que deu um parente próximo para uns canibais em troca de umas obras de Karl Marx, todo mundo sabe também que se ela for eleita a ditadura comunista se estabelece, é certeza! TODO MUNDO SABE, inclusive, que todo publicitário é fútil e filho da puta, que ele enfia produtos na sua goela sem você perceber e que ele é o verdadeiro culpado por seu nome estar no SPC e no SERASA, quem não sabe disso???

   Falando sério agora (enfim!), sobre as ferramentas persuasivas marketeiras que tanto fodem a sua vida, elas são FERRAMENTAS e como tal podem ser usadas de infindáveis maneiras. Elas têm um valor, talvez imensurável, e esse valor se dá pelo poder que elas têm de convencimento, de convergência, de fazer você levantar a bunda do sofá pra agir de determinada maneira, que pode ser boa pra você ou não. Lembro-me daquele filme, O Livro de Eli, no qual um livro (a Bíblia) é batalhado num cenário pós-apocalíptico por dois personagens, um com motivações para o bem e o outro, para o mal. O livro tem um poder, nada semelhante aos poderes dos Power Rangers, tem um poder manipulatório em suas escritas sagradas, por favor, não estou falando de religião aqui ok?! O foco desse filme é exatamente esse, a interpretação. Duas pessoas tiveram contato com uma ferramenta extremamente poderosa mas interpretaram e as usaram de maneiras divergentes, e é isso que ocorre com as ferramentas de marketing, nada mais.

   Confesso que no decorrer desse curso maldito, em mil momentos pensei em desistir, em mil situações pensei em cortar certos professores, principalmente na região da cabeça, mas no instante em que se percebe a relevância da informação, a relevância de estar ali e poder com propriedade criticar ou elogiar toda essa metodologia "dus inferno", você instantaneamente sente que sim, vale à pena. É como ouvi certa vez: "Não tem como criticar as letras dos Racionais Mcs sem nunca ter vivido no Capão Redondo".

   Devo dizer que, sinceramente, não tenho a menor ideia do tema central desse post. Vou finalizá-lo, portanto, te convidando a tentar olhar as coisas com um olhar bem mais virgem sabe, como se você olhasse para o incognoscível, para o desconhecido, tentando avidamente decifrá-lo, de maneira que sua expressão mais comum seja aquela da "cara de  interrogação". Quando partimos desse princípio nós nos permitimos aprender mais, viver mais, ouvir mais, não trocamos a real experiência por uma opinião sem embasamento idiota, afinal... Não há certezas, há sim possibilidades.

Bia Moraes
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03 setembro 2010

À (ré) volução das máquinas

Revolução Industrial, um retrocesso humano.


Houve um tempo em que o homem era livre para produzir aquilo que ele realmente necessitava, ou não. Mas aí surgiram as “máquinas”.


   Há séculos uma grande mudança nos modos de produção modificou para sempre a capacidade dos homens de compreenderem o mundo ao seu redor. Perdiam-se ali todos os sentidos humanos. Visão, paladar, olfato, tato e audição não faziam parte do cardápio político-capitalista que surgia como o grande divisor de águas entre a produção manual e a produção fabril.

   Ferramentas por máquinas, energia humana por motriz, enfim uma “revolução” acompanhada por um processo de transformação evolutiva e tecnológica. Era assim, uma promessa de novos tempos, porém não era somente um corte na história, e sim um corte nas verdadeiras percepções humanas. Oito horas de trabalho por dia, quarenta semanais, duzentas e vinte e oito mensais. O que resta para um ser que vive em função de servir, produzir e repetir dia-a-dia todo este processo? Nada!

   Como olhar, sentir o gosto, respirar, tocar e ouvir? Ora, passava-se agora a viver como robôs, como as próprias “máquinas” num sistema de produção em massa. Homens em função de um fim, o lucro... Sim, esse é o verdadeiro preço do “progresso”.

   Aquela tão sonhada sociedade perfeita, como numa música com notas e melodias nos seus devidos lugares. Uma orquestra de um só músico. O maestro “produção” com sua batuta regendo a si mesmo sem o mínimo de consciência ou discernimento do caminho para o qual estava sendo levado. As “máquinas” nos tomaram todas as sensações, por mais intrínsecas que elas sejam. Vivemos até hoje em função de um pseudocomportamento social, não nos demos conta de que somos peças, engrenagens de um sistema de produção humana! Somos humanos ou produzimos humanos? Até que ponto realmente nos conhecemos, será que em algum momento paramos para nos questionar, avaliar, pensar, viver...

   Será que as “máquinas” terão de nos ensinar a usar as nossas próprias sensações, será que nossas vidas, tudo o que há de terrestre terá de nos ser ensinado?

   Ou será que precisaremos de um “Admirável Mundo Novo” para somente entender, não, não! ... Para somente sentirmos tudo aquilo que já é de si, que já vem de “fábrica” em cada indivíduo, em cada ser que habita essa imensa “indústria” terrestre?

   Ouvi dizer que hoje não somos mais indivíduos, somos no mínimo multivíduos com inúmeras personalidades. Que somos um de manhã, um no almoço e outro no jantar (no mínimo, não esqueça!). Nunca! Não admito que alguém queira definir um tipo, ou melhor, vários tipos de seres que devemos ser ou que temos de ser só porque algum estudioso disse que temos de ser. Recuso-me a ser o que alguém deseja que eu seja. Nietzsche já dizia a três séculos que existe um só caminho para cada um de nós, e que não devemos perguntar para onde ele nos levará, apenas segui-lo. É assim que tem de ser, cada um têm o dever de partir de si mesmo para que assim possa reconhecer-se enquanto Humano, Demasiado Humano!

   Sensações, percepções e sentimentos são “ferramentas” humanas meus caros. Que não são produzidas para um fim ou uma finalidade, não perca seu tempo querendo entendê-las, pois jamais conseguirá, porque elas estão para além de quaisquer revoluções ou evoluções que possam vir a surgir.

   Essa pseudodependência tecnológica na qual estamos inseridos apenas nos serve de paliativo contra esse imenso câncer político-social contemporâneo no qual vivemos.
Só tenha cuidado com tudo isso, pois...
Quanto mais Evoluímos menos Humanos nos tornamos.


Por _ | _ Gabriel Patrick | O Sociopa7a Analógico 
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30 agosto 2010

Atendimento: a prospecção do fracasso

   Atender é sinônimo de servir, todo o profissional que realiza a função de atendente deverá ter o perfil adequado a esta nobre função. Você tem que ser um perfil, ser um avatar, ter maturidade, boa comunicação, educação, simpatia, gostar de servir, gentil equilibrado emocionalmente. As mesmas características pra ser um bom pai de família ou um bom funcionário que paga suas contas direitinho. É tudo uma grande mentira, uma cartilha para a boa conduta da grande empresa que é a sua vida.

   O atendimento faz a ponte entre a Agência e o Cliente, um dos profissionais mais valorizados, mais bem pagos dessa grande fábrica de manipulação da massa. Num ambiente de trabalho corrido, de uma vida corrida numa cidade corrida, o que sobra de relações humanas? A porra do atendimento. É como aqueles velhinhos cheios de histórias da vida e sem ninguém pra contar, que vão ao hospital só para serem tocados, serem recepcionados com atenção, apenas por um bom dia ou boa sorte, ou até mesmo aqueles que pagam prostitutas para conversarem sobre relacionamento.

   O bom atendimento é o que prospecta atenciosamente o conceito, a essência e o objetivo da empresa pra agência, não é encarado como um profissional que quer seu dinheiro, mas é como se você pagasse para que seja seu amigo confidencial, um dos poucos que você tem que sabe o seu nome completo. Ele te escuta de verdade e não fica apenas esperando a hora de falar.

   Talvez o atendimento seja o psicólogo de pessoas jurídicas, afinal alem de tudo há um dono humano por trás da empresa. Não é apenas um profissional essencial da agência, o profissional de atendimento é um fato social, resultante da falta de sensação humana, o fracasso de uma vida dos que acham que assim como uma empresa, não poderá haver imprevistos. Tudo bem organizado, medido e... equivocado.

   Recebemos um case da Nextel para ser atendido, o objetivo era prospectar novos clientes de outros segmentos. Analisado o mercado, o conceito, o posicionamento da marca, a tendência e tratando as pessoas como objetos de uma ferramenta mercadológica. Questionamos quem é esse tal Mercado, e quem é ele pra dizer se somos bons? Partimos então para o plano de ação: mandar todas as competências do mercado se foderem.

Anúncio original bem mal-vindo





Bem-vindo, você também faz parte.

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11 agosto 2010

Deus ajuda quem cedo madruga


06:00hs - Deus ajuda quem cedo madruga.

Estou em zombieland. Programada para me concentrar naquilo que me permite viver, sob aspectos que costumam chamar de digno.
"- Escute bem, minha filha, trabalhe e seja digna, acima de tudo."
A água digna esquenta meu corpo e o acorda lentamente. Ele resiste, luta. É a minha natureza liberando toxinas maléficas, tentando incansavelmente me avisar do futuro iminente. 
Tomo meu café digno. É tudo muito rápido, não sinto, apenas sei que devo fazer. Eu sei.
Não sei de mim, nem lembro a cor dos meus olhos.  Pragmatismo porra, pragmatismo.

07:45hs - Caminhando e cantando e seguindo a canção.

Eu sempre lembro do acordo. O acordo é parte fundamental, sem ele não dá, não rola, não flui.
É o resquício da esperança. Es-pe-ran-ça. Es-pe-rar. Veja, esperança é oriundo da promessa. Veja, o acordo é a promessa.

Bem, o acordo é... é... hmm, ahn... difícil de explicar, mas você sabe, não me pergunte, idiota. Você sabe do acordo. Você respira o acordo. É sua vida, cretino. É ele que te diz todo dia o que fazer, é a essência dos seus passos, dos seus objetivos, ele é responsável pela vida não miserável que você leva. Sim, nunca se esqueça disso, não deixe que te digam, e sempre repita para si mesmo: Minha vida não é miserável. Minha vida não é miserável. Minha vida não é miserável.
Ahh, e não se canse nunca. Faz parte do acordo.

Quando estiveres como eu, caminhando no automático às 07:45hs rumo ao trabalho digno, corpo em movimento, mente estagnada, sem tempo para baboseira, sem tempo para "bom dias", sem tempo para olhares, gestos, cheiros, cores, texturas, sons...Lembre-se: "Caminhando e cantando e seguindo a canção, minha vida não é miserável, não é miserável, não..."

Não há espaço para anseios, para reflexões, dúvidas, se policie amigo, há certas angústias que não fazem parte do acordo. Bem, todas elas na verdade.
Seja firme, seja visionário, seja macho bagarai, e assim você com certeza chegará lá.

08:00hs - Zona de conforto

Há pessoas com essa necessidade, de sentir-se útil para alguém ou para algo. Deve ser pelo retorno, sabe, o sangue correndo nas veias com algum propósito. É a sensação de corroborar a existência, a própria existência.
Tem gente que não tem propósito, logo, não existe. Para esses apresento o "acordo", ele dará tudo que um homem pode desejar, esperança, promessas, momentos esporádicos de pseudo felicidade, humildade (lê-se submissão) e principalmente a segurança da qual você precisa para alcançar seu objetivo maior (que nunca estará claro para você não se decepcionar!) que é chegar lá, láááááá.

O acordo. Pense nele como sua zona de conforto.

Você pode odiar seu trabalho, odiar sua vida, odiar seu maldito curso de publicidade que estupra sua mente, odiar o fato de odiar tanto as coisas ao seu redor. Aí você acenderá seu cigarro e lembrará do acordo. Feche os olhos agora, como você fechou ontem, é fácil vai, é gostoso, tente... Feche os olhos e comece esvaziando sua mente, esqueça a porra toda, não é problema seu, você está aí, se esforçando pra chegar lá. Feche os olhos e sonhe, fantasie o momento, lembre-se que você está perto, muito perto. E permaneça assim, de olhos fechados, pois o acordo diz que você estará quente e seguro, livre de gordura trans na sua zona de conforto.

Bia Moraes
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